A psicanálise...

A psicanálise tem como “matéria prima” o inconsciente, que surgiu através de Sigmund Freud, conhecido também como o “pai da psicanálise”. Freud desenvolveu a psicanálise a partir de pacientes que não respondiam aos tratamentos psicológicos ou médicos em sua época. Ele acreditava que existia, em cada indivíduo, algo “além” de seus sintomas físicos. Algo que não era possível, inclusive, de controlar: O inconsciente. A psicanálise trabalha com a fala livre do paciente (conhecida como “associação livre”) em que o paciente é livre para dizer o que lhe vier à mente, de forma espontânea, durante as sessões. Numa sessão de terapia com psicanalista (onde também podemos chamar de análise), é disponibilizado ao paciente um espaço confiável, livre de julgamentos, onde terapeuta e paciente constroem juntos novas possibilidades e olhares para suas questões. A relação entre terapeuta e paciente se constrói durante o processo. O tratamento com a psicanálise Winnicottiana respeita e entende que cada paciente tem seu tempo para elaboração e amadurecimento emocional, assim como sua própria construção interna, de forma totalmente singular. 

Costumo usar o exemplo de um oceano, para explicar a psicanálise. Na superfície de um mar aberto, que é onde podemos navegar e nadar, é nosso consciente. Algo mais acessível, visível, palpável. Quando mergulhamos mar à dentro, lá no fundo, podemos encontrar milhões de elementos não vistos de cima. Existe na profundidade de um oceano, muito mais que podemos imaginar e acessar. Essa profundidade desconhecida, misteriosa e infinita, é nosso inconsciente. Por fim, podemos acessá-lo rapidamente em alguns momentos (profundidade) mas inevitavelmente precisamos retornar à superfície - porque é nela que a vida acontece hoje e agora. Inconsciente é mistério, é mergulhar, é acessar quando possível e, retornar.